Locais Paisagisticos


Rio Arado e Pedra Bela
   

Partindo das Caldas do Gerês, siga em direcção à
Barragem da Caniçada. Poucos metros á frente encontrará um entroncamento à esquerda com a indicação "ERMIDA". Vire nessa direcção e siga por essa estrada que tem tanto de apertado como de belas paisagens mas com cuidado e atenção redobrada. Quando chegar a "Ermida" acaba o luxo do alcatrão e começa a "Terra Batida". Suba sempre por essa estrada até encontrar um entroncamento com as indicações "Pedra Bela" à esquerda e "Cascata do Arado" à direita. Tome o rumo da direita e siga o caminho com o rio à sua direita até à ponte que faz a ligação com as duas margens.
Atravesse a ponte e estacione o carro. Avistará umas escadas que dão acesso ao miradouro da "Cascata do Arado".
Aprecie a beleza da mesma. Se tiver calçado apropriado e espírito aventureiro, continue a subir até ao alto onde poderá observar um pequeno riacho que desagua no Rio Arado e outra bela cascata mais acima com belas Lagoas. Consoante a altura do ano poderá tomar um belo banho refrescante nas águas límpidas.
Retemperadas as forças, volte ao carro e faça o caminho inverso até ao entroncamento e siga em direcção à "Pedra Bela". Siga sempre pela estrada de terra aproveitando para desfrutar do verde que o rodeia e com um pouco de sorte avistará alguns "Garranos" à solta. Chegando ao alcatrão, vire à esquerda e poucos metros acima encontrará um dos belos miradouros do Gerês. A "Pedra Bela". Cuidado se tem vertigens.
Regresse novamente ao alcatrão e desça sempre pelo alcatrão até às Caldas do Gerês.  

Vilarinho das Furnas
   
Partindo das Caldas do Gerês em direcção à Barragem
da Caniçada, atravesse-a e siga na rotunda para o    "S. Bento da Porta Aberta" e continuando passa pelo "Campo do Gerês". Siga a indicação à Barragem de Vilarinho das Furnas. Estacione o carro no largo aí existente e atravesse a pé a barragem aproveitando para admirar a magnifica paisagem que a rodeia. Após atravessar a Barragem siga a estrada de terra à sua direita. Tenha atenção ao calçado pois a caminhada dura mais ou menos 45 minutos a não ser que tenha moto ou bicla que é bem mais cómodo e mais rápido. Ao chegar ao entroncamento vire à direita. A meio passará por cima de um pontão de cimento e aprecie a cascata artificial. Siga sempre por esse caminho até encontrar o que resta de "Vilarinho Das Furnas".
Cuidado com as pedras soltas e escorregadias. Deixe tudo como encontrou e lembre-se que já por ali passaram muitas gerações. Regresse pelo mesmo caminho que fez.

Mata de Albergaria
   
Seguindo o percurso que vai do "S. Bento da Porta Aberta" para
"Vilarinho das Furnas", de pois de passar por "S. João do Campo" encontra um entroncamento à direita com a indicação de "Portela do Homem". Vire ai à direita pela estrada de terra. Coloque o contador de Km parcial do seu veiculo em zero e siga as seguintes indicações:

 Km        Pontos de Interesse             
 1,6 -  Ribeiro Sarilhão. Casa do Guarda
 2,1 -  Cabana do Guarda e placa a indicar que entrou na "Mata de Albergaria".
 3,3 -  Ao lado esquerdo encontra uma grande mancha de Azevinho, espécie protegida logo, não estragar.
 4,0 -  Ponte de madeira sobre o ribeiro do Pedrado. Junto a ela alguns marcos milenares.
 5,5 -  Mais marcos milenares à direita.
 5,8 -  Fonte da Balsada ao seu lado direito.
 6,4 -  Ponte de madeira sobre o Rio Macieira.
 6,6 -  Casa da Albergaria.
 6,9 -  Fim do percurso. Estrada de "Portela do Homem" (3Km), "Caldas do Gerês" (9Km).

"Torneros" - A banheira de água quente
   
Partindo das "Caldas do Gerês" em direcção à fronteira de "Portela do Homem". Atenção às estonteantes curvas ao longo de toda a subida. Ao fim de 3 km encontrará a ponte sobre o Rio Homem e pare para admirar mais uma bela cascata e tirar as fotos da praxe.
Siga até à fronteira e atravesse-a sem problemas. Siga a estrada, agora já no pais de nuestros hermanos e ao fim de mais 3 km encontrará ao seu lado esquerdo mais marcos milenares e um bom pedaço da antiga estrada Romana.
Siga novamente pela mesma estrada até chegar a "Torneros", primeira povoação Galega. Atravesse a ponte e vire à direita até chegar a uma espécie de piscina. Trata-se de uma nascente de água quente que se mistura com o rio. Aproveite para descontrair e passear. O regresso é feito pelo mesmo caminho.

As "Cascatas do Tahiti"
   
Este é um dos locais com paisagem mais bela do Gerês mas só lá chega ou a pé ou de mota ou com um todo terreno. Não perca uma visita a este local como pode comprovar pelas fotos anexas.
O caminho é feito pela estrada que liga "Vilar da Veiga" até "Ermida" por alcatrão como se fosse para a cascata do Rio Arado já descrito anteriormente. Após andar sensivelmente 5 km (esteja atento), vai encontrar um entroncamento à sua direita com uma placa florestal a indicar "Cabril". Vire à direita e siga por esse caminho mas com cuidado. Enfrentará algumas descidas bastantes acentuadas até chegar a uma ponte de madeira sobre o Rio Arado. Junto a ela tem indicação do PNPG. Estacione a viatura e prepare-se para uma descida alucinante a pé.
Opte primeiro por descer pelo lado direito da ponte e encontrará uns moinhos abandonados e algumas pequenas quedas de água que formam belas lagoas onde pode se refrescar. Se não tem vertigens continue e atravesse para a outra margem pelo tronco que encontrará mais abaixo, caso contrario volte à ponte e atravesse para a outra margem e desça pelo caminho meio escondido pelas giestas e silvas. Aviso que se vai cansar um bocado até chegar ao fundo mas vale bem o esforço.
 No fim encontrará uma lagoa rodeada de areia e poderá observar uma das mais belas e maiores cascatas do Gerês.
O caminho de regresso é o mesmo com mais um pouco de esforço.

Pitões das Júnias e Mosteiro de S. Maria das Júnias
   
É uma caminhada bastante cansativa e deve ser feita logo pela manha. Saindo das Caldas do Gerês rume em direcção à E.N.103 (que liga Braga a Chaves). Siga sempre até à Barragem da Venda Nova. Atravesse a Barragem e, no primeiro cruzamento vire à direita. Está na E.N.308. Passe ao lado da "Barragem da Paradela" e siga até "Covelães". Aí vire à esquerda seguindo as placas que o levarão até "Pitões das Júnias".
Pode levar o carro até junto do cemitério de "Pitões das Júnias" e estacione aí ou se tem um Todo Terreno pode levar mais abaixo até ao largo em terra batida.
Desça então pelo caminho à esquerda que o leva directamente ao Mosteiro. Vá apreciando o enquadramento da paisagem. Observe a Igreja e o cemitério abandonado. No caminho da entrada do cemitério vire à esquerda e vá até ao moinho, atravessando a ponte.
A partir daqui tem duas opções mas antes disso olhe para o relógio. O passo seguinte tem tanto de belo como de cansativo. Se tiver na hora do almoço ou perto dela, recomponha primeiro o estômago e só depois avance para a caminhada seguinte. São algumas horas a caminhar no duro.
Partindo do largo de terra batida, siga pelo caminho da direita que vai ter a um rego (levada de agua) e siga sempre por esse caminho rodeado de de carvalhos. Vá descendo até encontrar um género de miradouro onde pode observar ao fundo a enorme queda de água.
Continuando para baixo por entre os trilhos estreitos ai existentes chega ao rio e ao local onde se precipita toda aquela agua. Observe a altura da mesma e impressione-se.
O caminho de regresso é o mesmo.

Ponte da Misarela ( Ponte do Diabo)
   
Esta famosa ponte está coberta por uma lenda. Quando uma mulher perde os filhos que gera, deve socorrer-se do sobrenatural. No fim da gravidez, à meia noite, devia aproximar-se da ponte e aguardar pela primeira pessoa que por lá passa-se do novo dia e pedir-lhe que baptiza-se com a agua do rio o futuro filho para, assim, nascer perfeito e de boa saúde. Se fosse menino chamar-se-ia Gervásio, se fosse menina chamar-se-ia Senhorinha.
Seguindo a estrada E.N.103, direcção Chaves e depois de "Ruivães", irá encontrar um entroncamento à esquerda com semáforos e que atravessa a "Barragem da Vila Nova".
Vire aí à esquerda e atravesse a Barragem seguindo na direcção de "Ferral". Chegando a "Ferral", vire à esquerda na direcção de "Central de Vila Nova" (aproveitamento hidroeléctrico). Siga sempre por essa estrada por alguns quilómetros sempre a descer até "Sidros" e encontrar uns enormes carvalhos à esquerda depois de uma curva à direita mais acentuada. Mesmo ao lado desses carvalhos encontra um caminho de paralelos à esquerda e sinalização em placa de madeira informando da Ponte. Siga por ele até encontrar os miradouros, já em estrada de terra batida, e delicie o olhar sobre a mesma ou então aventure-se a pé até ela.
O regresso pode ser feito pelo mesmo caminho ou então continue a descer a estrada de alcatrão até à Central (aproveitamento hidroeléctrico), atravesse a ponte e siga sempre junto à lagoa direcção "Cabril".Um pouco antes de "Cabril" encontra uma nova ponte estreita acompanhada de um Restaurante. Vire à esquerda e atravesse-a seguindo subindo a encosta  e seguindo as indicações até a Barragem de Salamonde. Atravesse-a e siga até apanhar novamente a E.N. 103

A Lenda da Ponte do Diabo:
Legado exuberante do imaginário popular, construído de estórias e memórias de origem obscura, narradas e acrescentadas ao longo de anos e séculos, e fortemente ligado a crenças religiosas, com seus temores, terrores, profissões de fé e ânsias de protecção divina, as lendas constituem um vasto e fascinante espólio cultural do nosso país. O Norte português é especialmente rico no que ao lendário respeita, numa sarabanda fantasmática de espectros e almas penadas, duendes e princesas cativas, lobisomens e potes de ouro escondidos. No Barroso, muitas são as lendas passadas de geração em geração, mas a mais notória de todas será a da Ponte da Misarela, em que, como em tantos outros casos acontece, o protagonista é o diabo. O próprio, em pessoa. Localizado na aldeia de Sidrós, na freguesia de Ferral, o cenário do episódio é a velha Ponte da Misarela, sobre o Rabagão, cujas margens penhascosas surgem belas a uns e horríveis a outros, conforme a imaginação e o estado de espírito.

Conta, então, a lenda que, sabe-se lá quando, um desgraçado criminoso, tentando escapar-se ao longo braço da justiça, acabou por ver-se encurralado, em desespero, nos penhascos sobranceiros ao rio Rabagão. É natural e comum que, em tão adversas circunstâncias, se apele à intervenção divina, mas, talvez porque fosse excessivo o peso dos pecados na consciência, o foragido optou por convocar o diabo, que está sempre atento a estes lances para deles sacar proveito. Assim, foi instantânea a aparição do mafarrico, que não esteve com meias medidas na chantagem do costume: "Salvo-te, pois claro, se me deres a alma em troca". E que importância tem a alma, quando é o corpinho que está com problemas?

Aceitou o celerado a oferta e, logo ali, com o poder que se lhe reconhece, o diabo, enquanto esfregava um olho, fez aparecer uma ponte ligando as margens do rio. Sem olhar para trás, o perseguido atravessou para a outra margem, após o que, sujeito de palavra, o demónio fez desaparecer a ponte, assim travando a perseguição das autoridades.

Retomou o maligno às suas infernais instalações com a alma do desgraçado, mas o assunto não se ficava por ali. Salvo o corpo mas perdida a alma, viria o criminoso arrepender-se da permuta, pelo que decidiu procurar um frade - conhecido na região por viver em estado de santidade - e contar-lhe o sucedido. "Pecado, meu filho, terrível pecado!", conjecturou, supõe-se, o santo homem, passando, de pronto, ao conselho prático: "Vais outra vez ao lugar junto ao rio e voltas a chamar o Diabo, tomando a pedir-lhe ajuda para a travessia. E deixa o resto comigo".
Assim foi feito. O desalmado chama, o cornudo aparece e, com assinalável espírito de colaboração e não menos louvável desinteresse - a'alma do outro já lá cantava -, satisfaz o pedido: a ponte salvadora reaparece. O homem começa a atravessá-la, mas, quando ia a meio, aparece na outra extremidade o frade magano, que rapa da água benta e asperge com largos gestos. Fica benzida a ponte, que permanece no sítio, esfuma-se o mafarrico e o penitente recupera a alma perdida. Consumava-se a vitória do Bem sobre o Mal, mas ficava, ainda, mais que contar.

Acrescenta a lenda que, radicado nas populações circunvizinhas o carácter sagrado da Ponte da Misarela, passou a ser hábito que, quando uma mulher não levava os filhos a cabo - ou seja, quando algo ia mal na gravidez -, se dirigisse à Ponte e debaixo dela pernoitasse, na expectativa de ajuda celeste para o seu problema. Na sequência da operação, estava estabelecido que a primeira pessoa que atravessasse a Ponte no dia seguinte teria que ser padrinho ou madrinha da criança, à qual seria posto o nome de Gervásio, se rapaz viesse ao mundo, ou de Senhorinha, se de rapariga se tratasse. E isto para que, por obra e graça do pré-baptismo, a mulher tivesse um bom sucesso na sua gravidez.
fonte: internet